domingo, 13 de setembro de 2015

• Capítulo 62

Graças ao trânsito de São Paulo quase perdemos nosso vôo e se isso acontecesse seriamos mortos pela nossa mãe. Fomos os últimos a entrar no avião sendo recebidos por cara feia de todos que estavam ali presentes, e como sempre eu e o Bernardo rimos disso juntos. Assim que sentamos nos nossos devidos lugares, que por milagre de Deus conseguimos um do lado do outro, ele logo engatou uma conversa de como a Bruna estava linda, que seu jeito meigo não havia mudado e etc e tal. Ele e sua paixão pela Bru, e sim, eu apoio totalmente. 

Enquanto ele continuava com seus longos elogios sobre minha amiga, encostei a cabeça na janela do avião e meus pensamentos foram instantaneamente para Luan e apenas ouvindo a voz de meu irmão ao fundo. 
Lembrei do beijo maravilhoso que só ele tem, daqueles lábios macios e convidativos que tanto me arrepiam. Do seu cheiro incomparável, das suas mãos na minha cintura me impedindo de fugir, como tento fazer na maioria das vezes... Com esses pensamentos rondando minha cabeça adormeci sem perceber, provavelmente por ter acordado cedo e está a mil até agora. Despertei com Bernardo me chamando, dizendo que o avião já havia pousado.

Rapidamente achamos nossas malas e fomos para a área de desembarque onde encontramos nossa mãe que veio correndo nos dar um abraço cheio de saudade! Nada melhor que voltar pro nosso cantinho. Assim que chegamos na casa da tia Ceça foi aquela festa de sempre, nossos avós e tios nos mimando enquanto meus primos fingiam um falso ciúmes. Aí que saudade que eu tava dessa bagunça toda.
Engatei uma conversa com minhas primas enquanto arrumávamos os detalhes da decoração de Natal e a maioria delas estavam namorando e contando como estavam os seus relacionamentos. Logo depois fiquei sabendo que logo logo seria madrinha de casamento da Madu. Parece que foi ontem as nossas festinhas de criança, lembro de quase todas, e ela já vai casar? Que precoce... Ou eu que estou ficando pra trás? - pensei.
- Mila, sabe qual família vem ceiar junto com a gente? - falava Amanda, uma das minhas primas.
- Quem? - perguntei desinteressada.
- Os Ferreira's, lembra do Guilherme? - falava com um riso de malícia.
Guilherme Ferreira era um cara que "namorei" quando tinha 15 anos, nossas famílias sempre faziam confraternizações juntas, morávamos no mesmo condomínio e minha mãe ainda era bem amiga de dona Leticia, mãe dele. Ri relembrando de tudo, e me interessei sobre.
- Sério? Ele ainda é gato daquele jeito? - perguntei fazendo as meninas rirem.
- Ô se é, acabou agora pouco o namoro com a Miss Goiás.
- Mas cês sabem de tudo mesmo né? - ria com elas e ficamos assim boa parte da tarde. Assim que terminamos fui na cozinha ver se minha mãe precisava de ajuda com a ceia e ela disse que não, agradeci a Deus mentalmente, eu precisava mesmo dar uma descansada... Subi as escadas indo pro quartinho que eu sempre ficava quando vinha pra cá, me deitei e fiquei checando uns e-mails e alguns redes sociais até pegar no sono.

Fui acordada por vozes e ao abrir os olhos percebi que eram as meninas já se arrumando e me pedindo maquiagem emprestada, pelo jeito dormi demais. Me levantei, peguei a roupa que usaria e pedi para minha mãe passá-la pra mim e fui correndo para o banheiro. Depois de lavar meus longos cabelos, sai do boxer e dei uma escoava nele ali no banheiro mesmo, fazendo um coque sofisticado simples. Fiz minha make básica, e quando sai do banheiro meu vestido já estava sobre a cama, o vesti e fui ajudar as meninas que me pediram ajuda com as maquiagens. Todas nós estávamos quase prontas, quando minha Tia Ceça bateu na porta do quarto avisando que todos haviam chegado. Antes de descer tirei umas fotos e postei a que mais gostei. 
"@Camila_Salsa: Então é Natal... ❤️"

Descemos e fomos rumo ao jardim, onde a mesa com a ceia estava posta e fomos recebidas por assobios e elogios de todos sempre em tom de brincadeira. 

Avistei Guilherme e sua família, ele estava realmente bem mais gato do que quando eu o pegava, pensava rindo e olhando pra Amanda que me entendia em códigos. As meninas se sentaram espalhadas pela mesa e a única cadeira vaga era do lado de Guilherme, elas fizeram isso de propósito, aposto. Senhor, me ajude! 
- Camila, quanto tempo não? - dizia ele, de braços abertos e com aquele incrível sorriso que ele sempre teve.
- Guilherme! - retribui o abraço. 
- Realmente faz muito tempo.
- Parece que ele te deixou ainda mais linda. - se aproximou do meu ouvido dando uma piscadinha.
- Digo o mesmo, "sorriso". - devolvi a piscada o chamando do mesmo jeito de quando namorávamos e isso nos arrancou risadas. Começamos a relembrar do tempo de tivemos juntos o que nos rendeu boas risadas e muita zoação das meninas que estavam sempre atentas a nossa conversa, quando minha mãe gritou:
- Gente, 00h00! - falava animada.
Todos nós nos cumprimentamos desejando felicitações e tempos de paz. Sentamos pra começar a ceiar, e meu telefone vibrava sem parar. O olhei e vi no visor o nome "Meu Lu" que o mesmo tinha colocado. Blehhh. 
- Não vai atender, Salsa? - Guilherme falava tentando ver quem era na chamada.
- Ah, vo, vou sim... - falei desconcertada.
Depois da língua enorme do Guilherme falar aquilo, todos ficaram atentos a mim na mesa, principalmente Bernardo que já ria ao imaginar quem era.
- Oi, Luan. - falei de cabeça baixa.
- Pensei que não ia me atender... Feliz natal, linda! Tempo de harmonia, paz e muito amor. Né? - falava calmo e eu podia ver o sorriso dele se formando.
- É... Com certeza. Feliz natal também, chatinho. Manda beijo pra todo mundo ai, por favor!
- Beijo? Mas é claro que não, tem uma penca de gente querendo falar com você. - falou rindo e passando o telefone pra Marizete, Bruna e por fim Amarildo. Como eu amo essa família!
Luan pegou o telefone de volta e ficamos conversando coisas aleatórias, até que ele propôs que eu passasse ano novo com ele e nossas famílias. 
- Você acha uma boa mesmo? Impressa ia amar isso... Assunto do mês! - falei preocupada.
- Ai, Camila... Me poupe, cê liga pra tudo também muié. Relaxa! Topa né? 
- Tá, tá bom, eu topo! Vou falar com a Dona Salsa e com o Berna, te digo a 
- Tá, tá bom, eu topo! Vou falar com a Dona Salsa e com o Berna. 
- Desliga isso, Camila. Quando voltar não vai existir mais pudim nessa mesa. - falava Guilherme descontraído. 
- Quem é que tá aí? - Luan perguntou intrigado.
- Várias pessoas, ué. 
- Disso eu sei, mas tô falando da voz que falou com você agora. 
- É o Guilherme.
- Hã? Aquele lá? O viadinho que você namorou sem gostar? Aquele lá que brigava comigo porque eu implicava com você? Aquele lá feio e irritan...
- É, Luan! É... Ele mesmo. - falei sem paciência alguma.
- Pois faça bom aproveito do resto da noite. E me diz logo a resposta. - falou com um tom curto e grosso.
- Obrigada, aproveite aí também. Direi depois de falar com minha mãe, já disse.
- Grossa! 
Não falei mais nada, desliguei a ligação e voltei a me enturmar com todos ali presentes. Depois de mais umas horas ali, os convidados da ceia foram embora. Me despedi de todos, e troquei número com Guilherme. Subi as escadas com o salto da mão e bem cansada, quando fui surpreendida pela voz da minha mãe.

- Filha, era o Rafinha na ligação?
- Era sim mãe, ele mandou feliz natal pra todo mundo e nos chamou pra passar a virada do ano com ele, mas eu já tô pensando na desculpa que vamos dar...
- Desculpa? Não mesmo, nós vamos! Tenho gosto por aquela família e não quero passar mais um réveillon desanimada. Pode dizer que vamos!
- Ai, mãe... Tá, tá! - falei bufando.
- Como se isso fosse um esforço pra você né? Pensa que não sei. - falou desarrumando meu cabelo e rindo. 
- Claro que é um esforço, nem vem. E agora vou pro soninho da beleza. Beijo, te amo

8 comentários:

  1. Eu quero esses dois juntos loooooogo!!! Posta mais, por favorzinho 🙏🏼🙏🏼

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  2. Kkkkkkkkkk Luan foi grosso será ciumes kkkkk tô vendo que esse Guilherme vai atrapalhar tipo já pode ser o ano novo hj kkkkk qro mais

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  3. tbm to vendo que esse guilherme vai atrapalhar luh com ciumes lindo cont
    cátia

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  4. Tua fanfic é tão boa, não sei porque você deixa tão abandonada assim...

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  5. Meu amor, continua por favor, essa história é tão tão boa, não merece ser desperdiçada assim!

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