- Vamo tomar esse café? As coisa ta tudo roncando aqui já. – Ele disse colocando uma bermuda e me puxou em seguida. E eu ri.
- Preciso me trocar!
Luan fez bico e me abraçou.
- Ah não, eu gosto dessa roupa! – Ele reclamou e eu ri baixo, o apertando com mais força.
- Imagina se eu desço com a sua camisa e meu irmão tá lá embaixo? Ele infarta com 16 anos! – Ela disse e Luan gargalhou, concordando.
- Vou até o meu quarto rapidinho, dá uma olhada pra ver se o corredor tá liberado! Tudo bem que eles vão ficar sabendo de nós logo menos, mas não precisa ser na base do choque!
Luan gargalhou.
- Não será tão chocante assim, eu acho! O Matheus e o Pedro sabem, a Maria desconfia. Só o Bernardo, a Juju e a Pi vão ter algum problema com a imagem! – Ele olhou para o lado – Tudo certo, pode ir.
Dei um selinho nele, mas Luan me prensou contra a porta e me beijou de verdade. Senti meus joelhos cederem.
- Te vejo na cozinha. – Disse rápido e saltitei para o lado de fora, antes que passasse o dia no quarto.
Coloquei um vestido rapidamente e peguei um chinelo, desci as escadas correndo e ninguém estava na sala. Luan estava parado na porta da cozinha, sorrindo.
- Não temos comida! – Ele disse, fazendo uma careta.
- Tá brincando? – Disse, desanimada. Ele negou e me puxou pela mão.
- Vamos até a padaria comer alguma coisa, e trazemos uns pães para os desmaiados que vão acordar mortos de fome! E eu tenho que ter uma conversa com a dona Piroca, onde já se viu...-Não deixei ele terminar o que ia dizer e lhe dei um beijo de tirar do fôlego.
- Vou falar mal da Bruna mais vezes. Ele disse e eu ri, entrelaçando meus dedos nos dele e saindo.
Fomos andando até uma padaria e tivemos um café maravilhoso. Obviamente, já que estávamos em outra cidade, achava tudo melhor.
Estávamos conversando sobre qualquer besteira e dando risada. Pagamos pães, queijo e leite para levarmos pra casa, e saímos novamente. Luan tentava inutilmente espantar o sol daquela hora do dia com a mão, cobrindo o rosto pra tentar enxergar alguma coisa. Comecei a rir e ele me encarou.
- Isso, ria da desgraça do seu menino! – Ele disse e eu o virei de costas contra o sol.
- Meu menino? -Pendurei meus braços em sem pescoço e aproximei nossos rostos, ficando na ponta dos pés.
- Você é lindo. – Sorri, sem sentir nenhuma vergonha daquilo. Para uma garota que mal conseguia expressar qualquer tipo de sentimento, até que eu não estava tão ruim. Ele sorriu e largou as sacolas no chão, me puxando para cima.
- Eu gosto quando você tenta me agradar. – Ele sorriu e me beijou de leve.
- Isso vai acontecer com mais freqüência, eu acho. Pelo menos estou tentando... – Respondi, sincera, e Luan encostou a testa na minha.
- Mesmo quando você tenta me irritar, você me agrada. Não adianta. – Ele disse e eu ri, o beijando novamente.
- Preciso de métodos melhores pra te tirar do sério, então... – Respondi num tom pensativo e Luan fez cara de indignado, antes de começar a rir.
- Sabe, hoje quando eu acordei e você não estava do meu lado... – Luan parou como quem iria editar o pensamento, mas eu continuei em silêncio, e ele sorriu. – Eu achei que aquilo tudo tivesse sido coisa da minha cabeça.
Pronto! Alguém me ensina a controlar essas benditas borboletas no estômago?
- Ô, meu Deus... Porque meu menino é tão lindo?! – Deixei escapar, fazendo Luan rir, complemente corado. – Isso foi muito fofo. Mas eu estou aqui, não estou? Sua, muito sua!
- "Grazadeus" né? -falou coçando a nuca e me puxando pra ficar mais próximo dele.
- Você desperta meu lado gay. – Luan disse e eu gargalhei.
- Eu gosto de todos os seus lados. – Retruquei. – Acho que você despertou meu lado menininha... – Franzi a testa e Luan riu, sussurrando próximo a minha boca.
- Só espero que seu lado menininha não leve meu lado gay pra fazer compras... Isso seria demais né?! – Ele completou e nós desatamos a rir, antes de retomarmos o fôlego para perdê-lo de novo... Em um beijo.
- Ah Luan Rafael, não, não!
Saí correndo em direção ao portão com Luan logo atrás. Ele queria se vingar de mim. Só porque eu taquei areia nele? Que absurdo!
- Vou te jogar dentro da piscina! – Ele gritou de volta, quase rindo, e eu arregalei os olhos.
- Você não é louco!
- Você quem pensa, vai vendo! – Ele disse e eu gritei, abrindo o portão com força. Olhei para trás e vi Luan largar as sacolas da padaria no chão e correr atrás de mim.
– Luan Rafael, por favor!
- Agora cê vem toda meiguinha, né? – Ele disse com a voz afetada e eu gargalhei, correndo pela lateral da casa, gritando.
Luan me alcançou e me segurou pela cintura, me virando de frente. Fui dando passos para trás, tentando me preparar para fugir.
- E agora, gatinha? – Ele me puxou para perto e eu senti minha nuca arrepiar.
- Por favor... – Pedi com a voz mais fofa que consegui, eu sabia que isso derretia Luan. Ele sorriu, derrotado, e me puxou para si.
Continuei andando de costas, procurando algo em que me apoiar, minhas pernas tinham a terrível mania de tremer com aqueles beijos dele. Esbarrei em uma árvore e parei, separando o beijo com um sorriso no rosto. Luan manteve as mãos em meu rosto, então eu ouvi um barulho.
- Camila! – A voz de Julia parecia de pânico. Luan me encarou com um olhar calmo, como quem me incentivava a olhar para minha amiga. Sorri e me virei, e ele fez o mesmo.
Foi quando eu percebi que todos estavam ali. Sem exceção. Pedro, que parecia tão em pânico quanto Juju, que estava ao seu lado. Matheus tinha uma expressão estranha no rosto, Maria parecia preocupada. Bruna estava entre a surpresa e a alegria, e eu não entendia o motivo de todo aquele desespero.
Luan Rafael apertou minha mão com força.
- Bernardo, não!
Vi meu irmão sair de trás de Matheus como um flash e ouvi um grito de Julia. Numa fração de segundo, ele estava a centímetros de nós e então Luan já estava no chão.
Meu DEUSSS. O que foi isso. Continua pelo amor de jesus cristo amado amém
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